Dia Sem Celular pretende promover o bem-estar da população de Toledo

As equipes já estão mobilizadas para o Dia Sem Celular, proposto pelo Núcleo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Núcleo ODS) de Toledo. O desafio lançado é para que as pessoas deixem de lado o celular e as atividades mais estressantes do dia a dia, em contrapartida a ideia é que aproveitem esse tempo para passar um dia com a família e amigos. 

Como alternativa para fortalecer esses vínculos a Prefeitura de Toledo e o Núcleo ODS estão desenvolvendo várias atividades no Parque do Povo para este domingo, 21 de julho, dia escolhido para cumprir o desafio do Dia Sem Celular. 

A partir das 8h acontece o primeiro Encontro de Carrinhos de Rolimã. Das 9h às 17h o ônibus EcoExpresso da Sanepar estará disponível para visitação com atividades de Educação Ambiental. A partir das 14h inicia uma roda de conversa com o tema “Saúde, Bem-estar e o Dia Sem Celular”. 

Das 14h às 17h30 acontecem brincadeiras diversas organizadas pelos alunos da Funet (Amarelinha, passa anel, elástico, pula corda, ovo choco, batata quente, bilboquê e joquempô). No mesmo período também terão brinquedos infláveis e cama elástica do projeto Brinca Toledo, um cantinho de leitura da Secretaria de Educação e aulas de pintura do Sesi. 

Durante a tarde ainda acontecerão aulas abertas de Capoeira, Kung Fu, Yoga, violão, rodas de chimarrão e música eletrônica com o DJ Mandraki. “A proposta é que as pessoas também organizem suas atividades, venham para o Parque, tragam suas cadeiras, suas bebidas favoritas, seus brinquedos ou jogos, façam um piquenique e se divirtam”, salientou o Secretário de Juventude, Jairo Luíz Cerbarro. 

Bem-estar

Apesar de vários avanços na área da saúde terem resultado em aumentos constantes na expectativa de vida da população brasileira, no que diz respeito aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e as metas do ODS 3: Saúde e Bem-Estar, consiste em ajudar as pessoas a viverem mais tempo e em melhores condições e tem como um dos temas centrais a saúde mental e a qualidade de vida da população.

Uma das metas na área da saúde tem como proposta a redução a um terço das mortes prematuras por doenças não transmissíveis, como hipertensão e diabetes que podem ser evitadas através de prevenção e tratamento, educação, campanhas preventivas, incentivo a prática de esportes e atividades físicas em espaços públicos, praças, ciclovias e quadras de esportes. 

“Para tanto é preciso de um esforço de todas as áreas e o envolvimento de organizações públicas, privadas e da sociedade civil. Alinhado aos temas que englobam a Agenda 2030, o Núcleo ODS Toledo realiza campanhas de conscientização e busca incentivar ações que contribuam com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, despertando o protagonismo da comunidade e o debate propositivo, priorizando os principais desafios da nossa cidade, e principalmente, que estejam ao alcance da sociedade civil”, reforçou a representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Talita Aquino. 

Saúde Mental

A publicação “Panorama ODS: Toledo em números” disponibilizado pelo PNUD  destaca que “A saúde mental e bem-estar são essenciais para que as pessoas possam viver bem e desenvolver suas capacidades. Suas causas nem sempre estão relacionadas a questões pessoais e familiares, mas se relacionam com condições de vida, de emprego, de moradia, de segurança, de saúde, entre outras. Por isso é importante conhecer os dados relacionados a essa condição e identificar possíveis causas, que não estejam circunscritas apenas no indivíduo. Tendo as pessoas como preocupação central da Agenda 2030, sua saúde mental torna-se também um tema relevante, de trabalho multisetorial, que deve ser assegurado nos municípios. 

De acordo com o relatório, a meta que trata de doenças não transmissíveis e saúde mental, foi analisado o número de suicídios no município, que aumentou entre 2010 e 2015, de 7 para 21 casos. Neste período ocorreram 66 suicídios em Toledo. O problema afeta mais aos homens, que representaram 54 dos 66 casos no total. Essa situação também se repete no Oeste do Paraná, onde a maioria das vítimas são do sexo masculino. 

Nesse contexto, o núcleo ODS Toledo identificou a necessidade de sensibilizar a população sobre os impactos relacionados no âmbito comportamental e o estilo de vida do mundo contemporâneo, que estão intimamente ligadas a saúde mental, e como consequência, seus fatores de risco comuns incluem o sedentarismo, alimentação inadequada, relações de conflitos, mas principalmente o excesso da conectividade e o fato de estar permanentemente ligado a dispositivos móveis, como notebooks e smartphones, ocasionando distúrbios como depressão, ansiedade, insônia e aumento de níveis de estresse. 

“Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), metade de todas as doenças mentais começa aos 14 anos, mas a maioria dos casos não é detectada nem tratada. Em termos da carga da doença entre adolescentes, a depressão é a terceira causa principal. O suicídio é a segunda principal causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos. O Atlas de Saúde Mental de 2017, revela que segundo estimativas, o longo da vida, uma em cada dez pessoas precisará de cuidados de saúde mental”, acrescenta Talita.

“O Dia sem Celular nasceu desta vontade de fazer a diferença na vida das pessoas e do apoio psicossocial em ambiente comunitários para uma reflexão sobre o uso saudável das tecnologias online e as redes virtuais, principalmente entre os jovens, que estão vulneráveis a estes transtornos. A proposta desta ação é resgatar e manter relações sociais próximas entre adolescentes e jovens e adultos com a família, amigos, escola, comunidade, instituições e a sociedade, prevalecendo os laços de amizade e a interação humana, em um ambiente de afetividade, felicidade e inclusão entre gerações”.

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