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22/05/2019 | Concebido por Mariluz

Mariluz protesta contra ameaça de despejo a famílias em assentamento

Mariluz protesta contra ameaça de despejo a famílias em assentamento

A cidade de Mariluz parou na manhã desta quarta-feira, por conta de um protesto pacífico, contra a decisão da Justiça, que autoriza a reintegração de posse de toda a área do Assentamento Santa Rita, na chamada ‘Gleba 14’.

A área conta com cerca de 70 alqueires e foi ocupada há dez anos pelo MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, como forma de agilizar o processo de reforma agrária junto ao Incra.

No total 9 famílias vivem nesse assentamento, que é reconhecido como uma comunidade regular pela prefeitura e também por bancos públicos, que tem financiado a expansão de suas lavouras, além da Copel, que promoveu uma expansão de rede no local.

As famílias estão apreensivas e durante o protesto de hoje, autoridades do município lamentaram a decisão da Justiça e pediram que a mesma seja revista. “Não se pode conceber uma situação dessa. Dez anos se passaram, a comunidade está organizada e agora vem essa ordem de despejo. Não dá para aceitar”, disse o presidente da Câmara de Vereadores, Braz Brilhante.

A manifestação envolveu grande parte das lideranças de Mariluz, sejam elas políticas, eclesiásticas, comerciantes, estudantes e professores. Todos foram às ruas para protestarem, dizendo não aceitar a decisão da Justiça.

De acordo com o prefeito Nilson Cardoso, que fez questão de participar da manifestação, sua assessoria vem fazendo um grande esforço para que não haja esse despejo, até porque, segundo ele, será prejudicial tanto para as famílias quanto para o município. “Infelizmente é prejuízo na certa, não somente para as famílias, que fizeram seus investimentos lá, mas para o nosso comércio e toda a comunidade”, citou.

O prefeito lembrou que não há base legal para a reintegração e que essa notícia trouxe pavor e apreensão para as famílias. “As famílias estão com muito medo, apavoradas mesmo. E com razão”, disse ele, acrescentando que já se vão dez anos que essas famílias residem nesse assentamento, recebendo apoio do estado, através do fornecimento de energia elétrica, financiamento, convênios e outros benefícios.

Comércio apóia – O comércio de Mariluz também se manifestou em favor dos assentados. Na hora da passeata a cidade parou e muitos lojistas acenavam em favor dos manifestantes. "Depois de dez anos se estruturando, casas construídas e outras estruturas, não dá para aceitar”, comentou o secretário de Saúde, Joel Magalhães.

 

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Fonte: Mariluz | Cidade Portal | Gazeta Regional

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