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16/01/2021

Empresa de bioenergia apresenta novo plano de investimento para Toledo

Empresa de bioenergia apresenta novo plano de investimento para Toledo

A Sala de Reuniões do Gabinete do Prefeito foi palco, na tarde desta quinta-feira (14), de um encontro com representantes da Me-Le Biogas GmbH, empresa alemã de bioenergia sediada em Torgelow (cidade a 150 km de Berlim) que planeja construir unidades geradoras de energia a partir de matéria orgânica obtida dos rejeitos de frigoríficos e de propriedades rurais que se dedicam à suinocultura e avicultura. Na ocasião, os empreendedores germânicos, que já estão estabelecidos no Biopark, apresentaram um novo plano de investimento, com valores e dimensões menores que os anunciados no começo do ano passado.

Representada pelo prefeito Beto Lunitti, pelo vice Ademar Dorfschmidt e por membros do primeiro e segundo escalão, a administração municipal compreendeu as dificuldades enfrentadas pelos investidores e manteve o apoio da prefeitura ao empreendimento. Uma das principais diferenças deste projeto em relação ao anterior diz respeito aos propósitos: se antes a ideia era produzir energia elétrica (a partir do metano no estado gasoso) e biocombustível, agora somente a primeira parte será executada. A mudança se justifica pela alta do dólar, o que encareceu - a ponto de inviabilizar todo o negócio - a importação dos equipamentos que fariam a liquefação da substância que se encontra em abundância nos rejeitos de granjas e pocilgas para torná-la combustível. 

A partir disso, também se reavaliou o porte do projeto: em vez de apenas uma usina grande, com 1 megawatt/hora, pretende-se agora fazer uma unidade-piloto com potência menor e, a partir dela, replicar o modelo em outras regiões do interior de Toledo; assim, diminuem-se os custos e os riscos do transporte do material que servirá de insumo para a usina gerar energia. De acordo com o projeto da Me-Le, este viria da parte sólida resultante da decantação dos rejeitos realizada lagoas construídas nas propriedades; à parte líquida, após tratamento com algas, sugere-se o emprego em outras atividades, como a rizicultura - dessa forma, haveria uma sensível diminuição no passivo ambiental causado pela criação de porcos e frangos.

A partir de agora, a empresa alemã busca, junto às autoridades competentes, as licenças ambientais para iniciar suas operações em breve. “Estamos concluindo a  elaboração do nosso modelo de negócios, o bussiness plan, que será apresentando em breve a investidores locais interessados em gerar energia a partir daquilo que é jogado fora. Em relação ao projeto-piloto, queremos iniciar a construção desta planta no segundo semestre deste ano e colocá-la em operação até o fim de 2022”, anuncia o gerente executivo sênior da Me-Le, Helmut Tündermann.

Suinocultura

Representante comercial da empresa, Neudi Mosconi destaca que a proposta da Me-Le ampliará os horizontes da avicultura e, principalmente, da suinocultura local. “Da forma como está, fica inviável expandir os negócios, pois os rejeitos estão comprometendo uma área muito grande das propriedades, impedindo os produtores de aumentar ou construir novas granjas. Isso pode ser um problema em médio prazo, quando a Frimesa estiver abatendo 15 mil cabeças por dia no maior frigorífico de suínos do Brasil que está sendo construído aqui perto, em Assis Chateaubriand. Ao retirar esses resíduos dali, levando-os até a unidade geradora, será possível resolver a questão do passivo ambiental e atender essa demanda que só crescerá nos próximos anos”, salienta.

O secretário de Desenvolvimento Ambiental e Saneamento, Maicon Stuani, compreende a questão de forma semelhante. “A destinação dos resíduos da suinocultura é ainda um gargalo que limita nossa suinocultura. A partir deste empreendimento será possível, desde que observados todos os preceitos da legislação ambiental, contornarmos este problema e, no que for possível, pode contar com a parceria do município”, destaca.

O prefeito Beto Lunitti recordou que projeto similar já esteve na sua mesa durante o período em que foi prefeito pela primeira vez. “À época, foi pleiteada uma usina de biometano e a proposta não caminhou. Com essa nova formatação, com plantas menores distribuídas pelo território do município, as microrregiões, posso dizer que prefeitura e empresa estão convergindo para a mesma direção e nos colocamos à disposição para ajudá-los, dentro, claro, do que estiver ao nosso alcance. Queremos incentivar todos aqueles que já investem ou desejam investir em Toledo, pois o sucesso deles será o de todos nós”, destaca.

 

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Fonte: TOLEDO | CIDADE PORTAL | PREFEITURA MUNICIPAL DE TOLEDO

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